Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquela hora, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos
Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos
converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como
esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim
que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem
sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”.
Palavra da salvação.
Santo do Dia: Santos Anjos da Guarda

Quase cada página da Revelação escrita, diz são Gregório Magno, atesta a existência dos anjos. No Novo Testamento aparecem no evangelho da infância, na narração das tentações do deserto e da consolação de Cristo no Getsêmani. São as testemunhas da Ressurreição, assistem a Igreja que nasce, ajudam os apóstolos e transmitem a vontade divina. Eles prepararão o juízo final e executarão a sentença, separando os bons dos maus e formarão uma coroa ao Cristo triunfante. Os anjos são mencionados mais de trezentas vezes no Antigo e no Novo Testamento. Além dessas referências bíblicas, que por si só justificam o culto especial que os cristãos reservaram aos anjos desde os primeiros tempos, é a natureza destes espíritos puros que estimula nossa admiração e nossa devoção.
Eles são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade divina, iluminam o espírito com a luz interior da palavra. E são também guardiões das almas dos homens, sugerindo-lhes as diretivas divinas; invisíveis testemunhas dos seus pensamentos mais escondidos e das suas ações boas ou más, claras ou ocultas, assistem os homens para o bem e para a salvação. “Os anjos — dizia Bossuet — ofe-recem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer diante de Deus também os nossos pensamentos… Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos’’. Fundamentando a verdade de fé na própria afirmação do Redentor, a Igreja nos diz que cada cristão, desde o momento do ba-tismo, é confiado ao seu próprio Anjo, que tem a incumbência de guar-dá-lo, guiá-lo no caminho do bem, inspirando bons sentimentos, proporcionando a livre escolha que tem como meta Deus, Supremo Bem.
A liturgia de 29 de setembro, que celebra Miguel, Gabriel e Rafael, lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos: os anjos, os arcanjos, os tronos, as dominações que adoram, as potestades que tremem de respeito diante da Majestade divina, os céus, as virtudes, os bem-aventurados serafins e os querubins. Mas desde o século XVI começou-se a celebrar uma festa distinta para os santos Anjos da guarda, universalizada por Paulo V, depois que em 1508 Leão X aprovou o novo Ofício composto pelo franciscano João Colombi. Da península ibérica, onde teve início o culto, à França e à Áustria, a festa se espalhou por todo o mundo cristão.
Fonte: Paulus
Oração:
Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
Se a que a ti me confiou a Piedade divina,
sempre me rege, me guarda, me governa, guia e ilumina. Amém.